Denmark in my map! - part 2

19:33

A minha reacção ao sair do aeroporto e ver toda aquela neve foi uma perfeita combinação entre o espanto e admiração e no meio daquela agitação de sair do aeroporto com mala, boxes e 2 cães, o meio primeiro pensamento foi: "Não está assim tanto frio!" Sim na minha cabeça iria estar um frio insuportável - até porque antes da minha ida troquei emails com a anfitriã que me iria receber e hospedar 2 dias e ela sempre me disse que estava um frio e a nevar como já não estava há muito tempo -, insuportável para mim que vive junto ao mar num clima ameno. Mas a verdade é que o frio de lá é muito diferente ao que nós mediterrâneos estamos habituados, sendo o clima mais seco e consequentemente menos 'gelante'.
Apesar de ter saído de Lisboa/Portugal relativamente cedo, por volta das 16h, quando cheguei lá já era noite avançada e o serviço de cacifos já tinha fechado! E este pequeno pormenor revelou-se trágico, uma vez que nos meus planos, assim que chegasse ao aeroporto, eu iria deixar as 2 boxes dos cães nos cacifos, para que não tivesse de andar com eles atrás de mim... eram boxes grandes e volumosas, apesar de não ter grande peso. Sendo assim tive de levar comigo as boxes e em vez de ir para casa dela de metro, tive de optar por ir de táxi. E foi aqui que fiquei muito surpreendida com o nível de vida dinamarquês! Uma viagem de táxi, nada extraordinária, custou perto de 35 euros!! E mais tarde tive a oportunidade de verificar que, comparativamente com os preços practicados em Portugal, as bens essenciais e mesmo alguns não essenciais custam quase o dobro. Mais, em conversa com duas dinamarquesas que me receberam e foram as minhas anfitriãs, soube que os efeitos da dita crise económica mundial só agora se começa a sentir naquele país, o que de certa forma demonstra os efeitos ondulantes que a crise económica surtiu e como se sentiu em diversos países.

Mas esquecendo a crise e falando que algo mais agradável!
Copenhaga é uma cidade linda, cheia de rios, pontes e portos - muitos deles contruídos por um dos reis mais queridos pelos dinamarqueses - parques, estátuas que naquele dia estavam totalmente cobertos de gelo e neve.


Porto/Marina

Um dos parques centrais.

Pareceu-me que os Dinamarqueses têm muito orgulho e respeito pelo seu cultura e história, pois é comum ver no topo de uma torre uma estátua com um dragão - muito comum nos mitos e lendas daquele país - ou mesmo haver estátua no meio de praça a glorificar e imortalizar um poeta/romancista ou outra figura célebre nacional, como é o caso do Hans Christian Andersen, a sua estátua estava devidamente acompanhada pelas personagens criados por este escritor de forma muito original.

Estátua de Andersen

Pormenor dum edifício com dragão por cima da entrada

Torre com 3 dragões e uma das artérias principais de Copenhaga

Tendo andado por Copenhaga quase 7 horas seguidas, à procura de 'souvenirs', visitar a cidade e tentar ir a todos os pontos mais marcantes da cidade, ficando estabelecido que da próxiam vez irei ver apenas e somente a museus, tive de arranjar tempo para provar alguns dos pratos típicos da região. Como a Dinamarca possuí uma industría muito forte de suinicultura, é muito comum haver pequenos quiosques e roulotes com salsichas acompanhadas de diversas formas, sendo quase obrigatório provar um dos cachorros quentes com remoulade que são realmente bons para além do molho ser divinal... Mas não só de salsichas e hot dogs vive a cozinha dinamarquesa! Ao jantar tive o previlégio de degustar um dos pratos típicos e, segundo o que me foi instruído pelas minhas anfitriãs, muito usado nos anos 50 e 60 da Dinamarca, e apesar de já não conseguir saber dizer o nome daquele prato, consistia em pequenas bolas de carne fritas e acompanhadas por batatas às rodelas no forno, em que aqui foi colocado um acrescento já mais moderno de aipo e natas. Para beber, acompanhámos com cerveja típica, das quais destaco a Didrik - homenagem a um rei dinamarquês - e a cidra de maçã. Pela primeira vez provei cidra e recomendo!

E parece que não, mas assim passou um dia inteiro tendo ainda tempo para sair um pouco à noite e ver como é a noite de Copenhaga.
E de Copenhaga em si guardo muito boas recordações, gostava de voltar lá, ver os museus e aprofundar mais a gastronomia.


Na entrada da Christiania

Gaudí style!

Sim, por baixo da neve isto é um lago!


Da viagem de volta ficou alguns disabores, atrasos infernais nos aeroportos tudo devido ao mau tempo e esquecimentos da equipa de manutenção do avião que incrivelmente esqueceram-se de encher o depósito de água do avião, obrigando-nos a sair da pista e ficar mais uma hora à espera na fila para a lavagem do avião! E com tudo isto, perdi o meu avião de ligação em Palma de Maiorca para Lisboa, obrigando-me a ir para Barcelona onde tive de mudar de terminal e esta mudança de terminal foi muito stressante para mim, pois estava carregada de caixas e tive de andar de autocarro! E no aeroporto de Barcelona ainda tive de esperar mais de uma hora para voltar para Lisboa.

Alpes vistos do avião.

O pró deste desastre logístico todo é que tive o previlégio de viajar na TAP. E sim o que é nacional é bom e neste caso, o que é nacional é MUITO BOM!! De todas as companhias aéreas em que já viajei, a TAP supera em qualidade quer física quer no serviço e a comida é divinal! Uma sandes com carne fumada, alface e o pão especial ... de fazer àgua na boca e apetecer mais.
Todos estes pequenos pormenores fazem a diferença, a comida, o serviço dos acompanhantes de bordo, a oferta da revista da TAP, com artigos interessantes e mesmo úteis para quem viaja - não interessa muito ou pouco -  e é esta diferença que faz com que a companhia aérea atinga o grau de excelência!! Na minha humilde opinião e critérios, a TAP bate aos pontos as outras companhias e merece ser destacada.


Nota: fotos e texto da autoria de Ana Peres. Todos os direitos reservados.

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